Pois bem - comecei minha apresentação – como sabem, me chamo Ricardo, tenho 25 anos e até hoje nunca apanhei na bunda. E a minha preferência é por chinelo. Chinelo de borracha, chinelo de couro, não importa. Adoro imaginar uma sola de chinelo batendo na minha bunda. Eu deitado de bruços no colo de outro homem aguardando o momento da surra começar. Imagino o som das impiedosas chineladas estalando na minha bunda, achando que mereço cada uma delas por ter ficado tanto tempo sem punição.
Resumi assim a expectativa de toda a minha vida. Não tinha mais o que falar, estava vazio. Então Mestre Edu falou para o rapaz que estava ao meu lado:
Não se intimide meu caro Roberto. Estamos atentos ao que você tem a nos dizer!
O rapaz se ajeitou na cadeira incômoda e começou a falar sobre seu fetiche. Disse que imaginava castigar bundas masculinas adultas com um chinelo de borracha por falhas que seus "proprietários" cometessem. Sonhava em poder aplicar sovas de chinelo na bunda dos rapazes que cometem infrações como pichar muros, destruir orelhões, sujar ruas, terem comportamento inconveniente na rua, no ônibus, no metrô, etc. Adoraria ver as bundas dos moleques adultos ficando vermelhas por causa das chineladas que lhes aplicaria, sem dó nem piedade. Disse que tinha vinte e quatro anos. Assim como começou a falar, emudeceu. Mestre Edu, então, incitou o próximo a falar:
Pois e tu, Santiago, quais são tuas preferências? – falou evidenciando o tratamento por "tu" já que sabia ser ele gaúcho.
Pois o Santiago desatou a falar num palavrório gauchês que achei engraçado. Dava pra entender, mas era diferente do que estávamos acostumados a ouvir.
Pois, olha, falou o Santiago, desde guri eu imagino uma cena dessas. Quando morava lá na campanha a gurizada aprontava muitas artes e pelo menos uma vez por mês entrávamos "no laço". Meu velho tinha uma sola de couro cru que ele mesmo preparou para essas ocasiões e não poupava o braço quando tinha que surrar a bunda de um moleque. Ele nos levava para o galpão, trancava a porta e ninguém saia dali sem ter sua bunda surrada com a tal sola. Enquanto um guri apanhava na bunda, os outros todos olhavam imaginando a vez em que iriam entrar no couro. Era um silêncio constrangedor, pois todos se imaginavam no lugar do que estava apanhando. Assim eu fui desenvolvendo esse gosto pelas surras na bunda e gosto tanto de ver um homem apanhando na bunda, quanto eu mesmo apanhar. Gosto também de aplicar coças de laço nas bundas dos moleques. Tenho vinte e sete anos.
E você, Toshiro? – Perguntou Mestre Edu ao próximo "candidato".
Eu?! Pois na minha família de origem japonesa temos um trato especial em relação à disciplina doméstica. Tanto meu pai como minha mãe sempre nos elogiavam quando fazíamos coisas boas como também nos castigavam severamente quando fazíamos traquinagens. Mas jamais esses castigo foram públicos. Quando resolviam nos punir, eles nos levavam para o nosso quarto, fechavam a porta, meu pai tirava o chinelo do pé e dizia porque iríamos apanhar. Ficávamos sempre em três: eu (ou meu irmão), dependendo do infrator, meu pai que empunhava sempre o chinelo e minha mãe que ficava sentada numa cadeira assistindo a tudo sem dizer uma palavra. Meu pai sentava também numa cadeira, mandava eu me aproximar, baixar as calças e deitar de bruços nos seus joelhos. Então eu deitava no seu colo esperando o início das chineladas. Trinta era seu número preferido. Trinta chineladas na bunda pelada. Eu agueentava firme as primeiras quinze chineladas, mas da décima _s_e_x_ta até a última, eu trancava os dentes e segurava firme para não chorar, embora tivesse vontade de gritar desesperadamente. Mas nossa cultura impedia esses arroubos. Tínhamos que agueentar o castigo como homens e também eu não queria decepcionar minha mãe que a tudo assistia. Assim foi até meus dezessete anos, por incrível que pareça!
Hoje eu quero reviver essa fase, gostaria que um homem surrasse minha bunda com um chinelo como meu pai fazia. Teria vergonha de pedir isso a meu pai, embora saiba que hoje, mesmo com 29 anos, sabendo que tenha feito alguma coisa errada, ele não hesitaria em me aplicar uma sova de chinelo na bunda.
E você, Martin? – Pergunta Mestre Edu
(continua)